segunda-feira, 30 de novembro de 2020

 

  • Vamos compartilhar? 

               
               
               
               Texto produzido por Rosa Maria Rodrigues Lamana e Bruno Westmann Prado, tendo 
como fonte as plataformas Dicio - Dicionário online de português, e informações contidas no curso Líder Educação Aberta, ofertado pelo Instituto Educa Digital 

               Este texto possui licença CC BY NC.
               


Vamos compartilhar?

Segundo o dicionário online de português, colaborar significa "Trabalhar com uma ou com várias pessoas numa atividade; cooperar". (https://www.dicio.com.br/colaborar/) Pensando nisso faça uma retrospectiva e procure lembrar em quais momentos você colaborou com sua família, amigos, colegas de trabalho, de escola, enfim, os vários tipos de colaboração no qual fez parte.
Pois bem, a colaboração faz parte do nosso dia a dia, da nossa vida. Mas, e na internet, você já colaborou com algo ou alguém, mesmo que seja uma pessoa que você não conhecia?
A internet é uma ferramenta que permite que esse compartilhamento seja mais amplo. Você pode colaborar na escrita de um texto (como este por exemplo) ou em compartilhar informações para ajudar outras pessoas. 
Na escola os estudantes também colaboram uns com os outros em várias situações: na realização de trabalhos (coletivos ou não), na divisão de merenda, no empréstimo de material para realização de trabalhos.
Dentre inúmeras coisas que voltamos a perceber, com maior atenção nesse período de encontros remotos é a importância da opinião do outro, do estar junto, de compartilhar não apenas ideias, mas também espaços.
Pensando em tudo isso o que dizer de plataformas colaborativas ou ferramentas abertas?
São inúmeras as plataformas colaborativas e aqui podemos citar algumas delas: Wikipedia, Pilares do Futuro, 
Essas plataformas permitem que pessoas que não se conhecem, compartilhem conhecimentos colaborando com outros.
Plataformas de criação ou construção colaborativa ganharam força e nos reaproximaram e hoje temos a nossa disposição uma oferta de aplicativos e plataformas abertas, ou seja, compatíveis com outros editores mais utilizados e também liberadas para utilização gratuita. Contudo ainda existem muitos desafios a superar, que vão desde a capacitação para o uso da ferramenta, a dificuldade de conexão e até mesmo desconfiança, esta ultima é motivo de atenção pois muitas pessoas evitam plataformas colaborativas alegando falta de segurança dos dados, seja uma invasão ou a falta de confiança nas fontes de informação, notamos isso quando professores e pesquisadores não aceitam referencias oriundas de sites wiki (de construção colaborativa). 
O profissional do séc. XXI deve estar familiarizado com as ferramentas abertas e também receptivo as construções colaborativas, observamos isso com muita intensidade na área da educação, talvez a ultima área a romper paradigmas de que apenas um único individuo (o professor) deve ser o detentor e transmissor do conhecimento, estudantes a postos em silencio, fazendo anotações e reproduzindo repetidas vezes o exemplo de seu mestre. A concepção e aplicação de modelos híbridos de ensino surgiu para esse movimento colaborativo online...
Quando os alunos estão engajados em um processo de criação é natural compartilharem ideias para melhoria do processo ou do resultado final. Esse compartilhamento auxilia em novas descobertas, novos caminhos. 
É também papel da educação mostrar que compartilhar, remixar, faz parte da essência humana, afinal, vivemos em sociedade.
Tendo todas essas questões em mente é preciso caminhar em busca de compartilhamentos que permitam a outros usuários, além da leitura e compatilhamento, a remixagem. Aliás, é preciso caminhar para a criação de materiais REA (Recursos Educacionais Abertos).
A ideia principal dos REA é poder ser utilizado e recombinado por outras pessoas, aumentando o conhecimento de todos. Caso a licença permitir, eles podem ser ainda modificados por diferentes pessoas, em diferentes locais e de modos diferentes para satisfazer necessidades diferentes.
David Wiley, pesquisador norte americano, listou  cinco liberdades concedidas ao usuário final pelo criador ou criadora da obra. Elas são conhecidas como os 5Rs e foram listadas pelo

  • Reusar: liberdade de usar o original em distintos contextos;
  • Revisar: liberdade de adaptar e melhorar o REA para que se adeque às suas necessidades;
  • Recombinar: liberdade de combinar e fazer misturas e colagens de um REA com outros REA, a partir de conteúdos atuais ou em domínio público, no processo de criação de novos materiais
  • Redistribuir: liberdade de compartilhar o REA original e a versão por você;
  • Reter: liberdade de fazer cópia e guardar o recurso em qualquer dispositivo pessoal.

Este texto, por exemplo, pode ser ampliado com conhecimentos de outras pessoas e, portanto, seus autores concedem a você os 5 Rs. Desta forma torna-se possível a ampliação de conhecimento de várias formas, seja pelo compartilhamento ou ampliação dele.
Assim, convidamos você a remixar este texto com maiores informações sobre o assunto tendo como objetivo disseminar a criação de REAs e contribuir para uma sociedade mais crítica, humana e colaborativa.

Referências:

Curso Lab - Líder Educação Aberta - Instituto Educa Digital - Disponível em: https://www.cursolab.org.br/online/?redirect=0 Acesso em 29/11/2020

Dicio - Dicionário online de português Disponível em: https://www.dicio.com.br/colaborar/ Acesso em 30/11/2020

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

As novas tecnologias são boas ou ruins?



A Internet é boa ou ruim?
Série com 3 vídeos onde abordo questões relacionadas aos riscos e desafios que encontramos ao acessar a internet, a responsabilidade em educar para uma utilização responsável e cidadã e as pessoas que tem a responsabilidade sobre essa educação.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Jornada Pilares do Futuro - LIVE 1






Na próxima quarta-feira teremos uma live sobre Alfabetização Midiática. Se inscreva no canal, ative o sininho, dê seu like, compartilhe! Espero vocês lá!!!

Pilares do Futuro - lançamento



Para quem não assistiu ao lançamento da plataforma Pilares do Futuro no último dia 5 de agosto pode assistir no youtube. Se inscreva no canal, ative o sininho, dê seu like, compartilhe!!!!

domingo, 23 de julho de 2017

Palestra realizada no auditório da OAB/SP em 1º de junho de 2017
Tema: Existem Políticas Públicas voltadas à Educação Digital? O que pode ser feito?

https://youtu.be/q-xVwaVC_uU

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Mobilidade na sala de aula- Suas possibilidade e mitos!

Vivemos na tão sonhada era da mobilidade! Ah essa mobilidade que nos permite fazer transações bancárias, responder e-mails ou escanear um documento a partir de um aparelho mobile com acesso à internet em qualquer lugar em que estejamos!
Enquanto para uma vida prática os aparelhos mobile estão se tornando cada vez mais uma necessidade, na educação, apesar das tímidas experiências, ele também oferece muitas possibilidades.
No início de 2014 a UNESCO (Organização da Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) publicou as Diretrizes de políticas da UNESCO para a aprendizagem móvel elencando os benefícios da aprendizagem utilizando aparelhos móveis:

- Expandir o alcance e a equidade em educação
- Minimizar a interrupção educacional em áreas de conflito ou desastre
- Auxilia alunos com deficiência
- Otimiza o tempo produtivo na sala de aula
- Permite a aprendizagem em qualquer hora e lugar
- Cria novas comunidades de aprendizado
- Aproxima o aprendizado formal do informal
- Fornece avaliação e feedback imediatos
- Facilita a aprendizagem individualizada
- Potencializa a aprendizagem contínua
- Melhora a comunicação e a administração
- Maximiza a relação custo-benefício



Obviamente para que esse recurso seja usado de maneira eficaz em sala de aula é importante que o professor se atualize permanentemente, mantendo consciente e atualizada “a relação entre os saberes diferentes” (PRETTO, 1999, P. 3). As Diretrizes Curriculares Nacionais asseguram que na organização curricular é necessário haver:
[...] estímulo à criação de métodos didático-pedagógicos utilizando-se recursos tecnológicos de informação e comunicação, a serem inseridos no cotidiano escolar, a fim de superar a distância entre estudantes que aprendem a receber informação com rapidez utilizando a linguagem digital e professores que dela ainda não se apropriaram. (BRASIL, 2010, p.67)

E na sala de aula?  Na maioria delas essa mobilidade ainda não chegou. Porque?
Nas Diretrizes publicadas pela UNESCO, estão listadas também 10 recomendações para incentivar governos na implementação de políticas públicas do uso do celular como recurso pedagógico, são elas:
- Criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado mobile
- Conscientizar sobre sua importância no contexto educacional
- Ampliar e melhorar opções de conexão
- Ter acesso igualitário através do desenvolvimento de estratégias
- Garantir igualdade de gênero
- Criar e aperfeiçoar conteúdo educacional para mobile
- Treinar professores para o uso pedagógico de tecnologia mobile
- Capacitar educadores através de tecnologias móveis
- Promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologia mobile
- Usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional

Um dos fatores para a dificuldade do uso da mobilidade em sala de aula é seu acesso. Para que ele aconteça torna-se necessário que os integrantes de um determinado ambiente tenham um parelho mobile, acesso à internet wifi (de preferência) e conhecimento em sua utilização pedagógica. Muitas escolas, em especial as públicas, possuem velocidade de internet que não viabiliza o uso do wifi.
Outro dificultador encontrado são os mitos em torno do que ele pode ocasionar quando utilizado pelos alunos em horário de aula. Aqui iremos destacar alguns deles e desmistificá-los.
Dentre os vários mitos existentes Rodrigues, (2015) aponta três de importante consideração. Como primeiro mito destacaremos a concorrência “desleal”. Para muitos esses parelhos são fortes concorrentes porque disponibilizam a comunicação entre alunos sem o conhecimento do professor. O que não se pode esquecer é que mesmo antes da existência dos aparelhos móveis os estudantes se distraíam com outras coisas como revistas, bilhetes, conversas e até mesmo sonhos. Então, neste caso, o que muda é a ferramenta e não a ação. Para Rodrigues (2015) o que acontece é o desinteresse pelo que está sendo apresentado.
Um segundo mito é que os alunos utilizam os aparelhos para “colar”. Ora a “cola” não se trata de um assunto antigo? Esse tipo de atitude sempre foi utilizado por alunos mesmo antes da invenção de aparelhos mobile. Relembrando a época de escola podemos citar vários métodos: pequenos papéis com informações sobre o conteúdo da prova, códigos entre os alunos, escritas em partes do corpo, etc. Quem nunca leu nas redes sociais, postagens de avaliações mal formuladas onde o aluno, ironicamente, apresenta respostas muito distantes do esperado. Há avaliações que não requer como resposta o que realmente o aluno conseguiu aprender e sim respostas decoradas. Outro tipo de avaliação são as que apresentam várias alternativas (incluindo “pegadinhas”) para que o aluno consiga assinalar a correta. Mas avaliações onde o raciocínio é fundamental para uma resposta adequada, não permite o uso desse tipo de artifício.
Ainda outro mito apontado é o uso ético das informações conseguidas através da internet. Muitos alegam que com a utilização de aparelhos móveis, os alunos podem utilizar informações para agredir outros. Esse tipo de atitude é recorrente desde os primórdios. O bullying não apareceu com os recursos tecnológicos. Ele é uma prática antiga que deve ser reprimida através da formação ética e moral presente na escola. Quanto a isso a Lei Nº 13.185 de 06 de novembro de 2015, institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) fundamentando as ações do Ministério e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação.
É importante revermos nossos conceitos no que diz respeito ao uso de parelhos mobile em sala de aula levando em consideração a oportunidade existente e ampliada pelos recursos tecnológicos.
O que se pretende com esse texto não é apontar culpados e vítimas, mas sim conduzir a uma reflexão eficaz sobre o uso de recursos modernos na educação. Obviamente para o uso de qualquer recurso necessitamos de regras e objetivos claros para todos os envolvidos, alunos, professores, grupo gestor e funcionários dos ambientes educacionais. Nenhum recurso quando utilizado sem que um bom planejamento seja feito pode conduzir a um resultado eficaz.

Por Rosa Lamana

Bibliografia

BRASIL. Lei Nº 13.185. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13185.htm Acesso em 20/10/2016
PORVIR. 10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula. http://porvir.org/10-dicas-13-motivos-para-usar-celular-na-aula/
PRETTO, Nelson de Luca. Políticas Públicas Educacionais: dos materiais didáticos aos
multimídias. Trabalho apresentado na Reunião Anual da ANPEd, 22ª. Caxambu, Minas
Gerais, 1999. Anais ... São Paulo/SP: ANPEd, 1999.
RODRIGUES, Danielle Maride Souza Alves. O uso do celular como ferramenta pedagógica. Porto Alegre, UFRS. 2015. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/134444/000986009.pdf?sequence=1 Acesso em 03/10/2016.
UNESCO. Diretrizes de políticas da UNESCO para a aprendizagem móvel. Brasília: UNESCO, 2014
UNESCO, O futuro da Aprendizagem móvel: implicações para planejadores e gestores de políticas. Brasília: UNESCO, 2014